Modelos Pictóricos de Vírus no Livro Didático

Gabriel Radtke Abib | gabriel.abib.bio@gmail.com

Jéssica Blank Lopes | jessblopes@hotmail.com

Maykon Gonçalves Müller | maykon.ifsul@gmail.com [ORIENTADOR]

 

Campus: Visconde da Graça

Nível: Ensino Superior

Área: Ciências Biológicas

 

Resumo

Contrapondo as inovações tecnológicas que estão sendo produzidas e disponibilizadas na atualidade, o livro didático ainda é um dos principais protagonistas dentre os recursos empregados nas salas de aula em muitas das escolas em território brasileiro. Especificamente para o ensino de Ciências, por muitas vezes, as imagens presentes nos livros didáticos são as únicas fontes de contextualização dos conteúdos, ainda que, em algumas situações, não passem de representações gráficas ou modelos baseados em determinada estrutura real. Embasado no cenário apresentado, este trabalho tem como objetivo investigar, por meio da epistemologia de Mário Bunge, como são retratados os modelos pictóricos de vírus em um capítulo de um livro didático aprovado pelo Plano Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) 2018. Para isto, as imagens e os enunciados referentes à temática foram analisados por meio da metodologia de Análise Textual Discursiva (ATD), seguindo três categorias elaboradas a priori: (i) A imagem representativa dispensa uma maior complexidade do enunciado; (ii) Apresenta indícios de distinção entre representação e realidade; (iii) Presença de contextualização nos enunciados que auxilie a compreensão deste por parte dos estudantes. Foi observado que, na maioria das figuras e seus respectivos enunciados, ao longo do capítulo, a diferenciação entre o que eram esquemas, ou fotografias reais, estava presente. No que tange a contextualização, foram encontrados relatos sobre determinados eventos históricos da humanidade e da comunidade cientifica, demonstrando uma preocupação com os aspectos relacionados à natureza humana do conhecimento científico. Além disso, encontramos comparações com outros seres intuindo facilitar o entendimento dimensional dos vírus. Entretanto, no que concerne a categoria (i), as figuras do livro didático não dispensavam um elevado teor de complexidade em seus enunciados, tendo em vista que muitas delas retratavam exatamente o que já estava descrito ao longo do texto.

 

Palavras-chave

PNLD; Mário Bunge; Epistemologia